Olá linda comunidade,
O vento sopra lá fora e, em certos momentos, a sua música sobrepõe-se aos sons mais habituais da natureza. O vento tanto nos pode convidar a soltar velhas folhas, como também nos pode ajudar a reconhecer que somos folhas ao vento…
No meu último reels no Instagram digo:
Somos folhas ao vento quando não sabemos quem somos e quem não somos…
Somos folhas ao vento quando não sabemos reconhecer os nossos medos, as nossas inseguranças… mas também os nossos desejos e as nossas necessidades.
Somos folhas ao vento quando não entendemos bem as dinâmicas de poder, autoridade e responsabilidade.
Somos folhas ao vento quando não sabemos mover as nossas emoções criativamente.
Somos folhas ao vento quando não sabemos nos situar dentro do contexto da nossa história.
Somos folhas ao vento quando não sabemos assumir o nosso poder de escolha de forma a relaxar.
Nestes tempos que correm, somos a maior parte das vezes folhas ao vento.
Uma coisa é saber fluir, outra completamente diferente é deixar de ter alicerces, de estar enraizada e não saber conter a nossa energia para não dispersar e perder o norte.
Viver desde o centro sem perder o alinhamento parece quase impossível no meio de tanto turbilhão, distração e confusão.
Mas já seria tão bom aprender a reconhecer cada vez que saímos da verticalidade para, com força de vontade, regressar. Até melhores dias, perder e regressar é o treino, vezes sem conta.
E não falo apenas nos momentos de grande decisão ou escolhas. Refiro-me a cada instante do dia a dia… a cada pequena escolha, ao pensamento despercebido, à resposta em piloto automático, à reação que sai disparada tipo bala em direção ao outro e a todas aquelas situações cheias de boas intenções, mas que são um mero reflexo de padrões bem enraizados no nosso inconsciente. Padrões estes que condicionam muito a minha existência na terra.
Ouve o Podcast completo AQUI:
Ou, se preferires, também nestas plataformas:
Mestres, gurus, mentores, professores todos precisamos. A questão é como olhamos para essa pessoa e como essa pessoa se permite ser olhada.
E na verdade somos todos mestres uns dos outros. E a vida é sem duvida a nossa maior mestre, mas nem sempre na via do conhecimento, mas mais na do sofrimento.
(...)
Agora o facto de eu ser humana não me dá direito para manipular, abusar, vitimizar, culpar… mas mais uma vez, só entra na dinâmica quem quer ou quem não está consciente da dinâmica!
(...)
Tulku Lobsang, assim como todos os outros mestres da minha vida, teve o seu tempo, a sua função e cabe a mim ganhar habilidade em reconhecer por quanto tempo e em que formato, esses mestres permanecem na minha vida.
Foi um vento muito, mesmo muito forte, mas daqueles que mais me trouxe méritos, lições, aprendizagens, conhecimento, práticas para toda a minha vida. Incluindo chegar a este momento e reconhecer que só vivendo o que vivi pude ganhar consciência das feridas e traumas que vim curar e o quanto eu vivia desempoderada, fora do meu centro e poder feminino, sem alinhamento e soberania. Mas também o quanto me tinha comprometido vir nesta vida regressar a esse centro e potência feminina.
A minha capacidade de sentir devoção, amor e respeito, pelo divino masculino em mim é também sentir amor e respeito pelo homem que escolhi ser meu marido e companheiro de vida e se encontra bem perto e à minha frente, bem presente na minha vida.
Esta cura permite-me sentir-me mais e mais segura neste plano e neste corpo. Ao sentir-me mais segura crio condições para confiar e relaxar no meu feminino divino que é uma extensão da Mãe Divina. Tal como o meu masculino interno é uma extensão do Pai Divino.